1. Na condução clínica do estrabismo, a cirurgia é frequentemente indispensável; por vezes mais que uma vez
2. A sua repetição não significa necessariamente uma correção do acto anterior. Pode ajustar ou precisar a cirurgia anterior mas pode também fazer parte de um planeamento
3. Algumas formas e casos de estrabismo não requerem intervenção
4. A cirurgia age nos músculos que moviementam os olhos (transplantação, transposição, alteração de trajecto, encurtamento, alongamento, introdução de material sintético). As operações não são dentro do olho e ,na sua maioria, as suturas usadas são auto-absorvidas.
5. Estas intervenções não implicam um risco para a visão da criança - o risco existente é o de não ser obtido o resultado expectável ou programado.
6. Geralmente não há dor e sim algum desconforto - mesmo quando as técnicas cirúrgicas são mais complexas e prolongadas
7. Não requerem internamento (são ambulatórias) e geralmente implicam a permanência em casa durante cerca de uma semana)
8. Idade para a cirurgia: conforme o tipo e características do desvio, poder estar indicada desde os 6-7 meses de idade até idades muito mais tardias - depende da idade de começo e do tipo de estrabismo (e não da idade da criança) das condições de visão e das condições gerais da criança.
9. Se a cirurgia se verifica necessária deve ser realizada tão cedo quanto exequível.
10. Na criança, a finalidade da cirurgia, além de reconstrutiva, é sobretudo funcional - pretende-se dar aos olhos a possibilidade de funcionarem (verem) em simultâneo.
11. No adulto, uma parte significativa das operações não é funcional, visando-se um resultado apenas reconstrutivo ou psico-social.
12. Na nossa prática clínica de rotina, as intervenções de grande cirurgia, do mesmo modo que manobras ou exames que requeiram uma anestesia geral, são regularmente praticadas na Clínica de S. João de Deus, em Lisboa; ocasionalmente em outras Casas de Saúde.